sábado, 31 de outubro de 2009

Gosto cada vez mais da 2

Tenho dado comigo a pensar nestes últimos dias sobre a televisão que temos em Portugal. Não naqueles canais que são pagos, mas naqueles quatro gratuitos que chegam à grande maioria dos portugueses.
E, neste vaguear, chego a uma pequena conclusão. Temos uma televisão que é o retrato da nossa maneira de ser. Na minha modesta opinião, se olharmos bem à nossa volta, podemos verificar que o português tem um leve toque de inveja no mais profundo do seu ser. Às vezes nem dá por ela, mas que está lá no fundinho, garanto que está. É tipicamente nosso. Por causa dessa invejazinha, somos muitas vezes levados a cometer erros de que mais tarde nos havemos de arrepender. Por exemplo, o Manuel abre um negócio numa determinada rua, onde toda a gente está convencida que, ali, aquilo não vai dar nada. No entanto, o Manuel começa a ter sucesso. As vendas aumentam e, num prazo de três semanas, na mesma rua, há dois ou três empresários que não resistem àquele bichinho chamado inveja e que rói as entranhas por dentro, e abrem outros tantos negócios exactamente iguais ao do Manuel. Não só não ganham nada com aquilo, como estragaram a vida ao Manuel.
Pois, com a nossa televisão é exactamente igual. Um dos canais decide avançar com um concurso de música e chama-lhe… deixa cá ver,… “Uma Canção Para Ti”. É para descobrir novos talentos vocais entre os mais novos. Faz sucesso… São os pais, os avós, os tios, as tias, enfim toda a família a garantir audiências. Ora, no canal ao lado fica-se furioso… O que é que vamos inventar para também ganhar audiências? Já sei… um concurso chamado “Ídolos”, que é para encontrar novos talentos vocais entre os jovens. Mas, no outro canal mais ao lado também ninguém está contente. Apesar de terem ganho as transmissões do único jogo de futebol em sinal aberto por semana, ganharam ainda o direito dos resumos. Só que os concursos estão a roubar audiências ao “Domingo Desportivo”. Vai daí, acabe-se com esse programa e avança-se com… um concurso que move famílias. Ora, perante tudo isto só me resta uma solução. Gostar cada vez mais da 2.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Pisco-te o Olho - Castro Laboreiro



É o castelo de Castro Laboreiro... É assim que está o nosso património...

Foto: José Carlos Ferreira

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Pisco-te o Olho - Braga



Nestas últimas romarias do Minho dedicadas a S. Miguel fiz uma descoberta espantosa. O Noddy, tal como o nosso Primeiro-ministro, é vaidoso...

Foto: José Carlos Ferreira

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Acabou

Chegou ao fim um ciclo de eleições que deixou o país enfeitado e em festa durante vários meses como se não houvesse crise. Foram cartazes, foram sacos, foram panfletos… enfim, um sem número de artigos multicolores partidários que durante muitos meses andaram a ser distribuídos pelas populações.
Primeiro foram as europeias, depois vieram as legislativas e, por fim, foram as autárquicas. Cada um destes momentos teve os seus candidatos, cujos cartazes nos vigiaram desde o mês de Junho até agora.
Para nós, jornalistas, também chegou ao fim um período fértil em contactos. Um período onde, ao contrário do que acontece no resto do tempo, é fácil chegar aos políticos, é fácil falar com eles, é fácil obter declarações. Aliás, alguns até ficam mesmo chateados por não verem as suas notícias a serem veiculadas nos órgãos de comunicação social. Há mesmo quem ande de régua na mão a medir as notícias para depois protestar… “eh pá, a minha é mais pequena que a tua”.
Tudo isto acabou. Vamos voltar aos tempos em que, para falar com aquele eleito, que até nos deu o seu número de telemóvel descartável durante a campanha, temos de passar por 25 secretárias e outros tantos assessores que, gentilmente, nos vão dizendo… “o senhor doutor está em reunião”. E, finalmente, quando chega as 12h30, hora a que nos disseram que a reunião deveria acabar, e depois de passar pelo mesmo calvário de secretárias e assessores, chega a famosa resposta: “Que azar… a reunião acabou há um quarto de hora e o senhor doutor acabou agora mesmo de sair para almoçar e já não deve voltar porque vai visitar umas obras”.
É assim, acabaram-se as facilidades. Já agora, também gostava que se acabassem com os cartazes que estão nas ruas e que, aposto, vão chegar ao Natal carcomidos pela chuva e pelo sol do Verão de S. Martinho. Se não for pedir muito, limpem Portugal das campanhas eleitorais. Sabem? Acabou.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Pisco-te o Olho - Vila Praia de Âncora


A chuva e o vento fazem-me crer que o Verão acabou... Ainda tenho esperança no S. Martinho... Gostava tanto de saber onde foi parar a fotografia que ele lhe tirou naquele dia ao entardecer...

Foto: José Carlos Ferreira

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Pisco-te o Olho - Vila Nova de Cerveira


A minha forma singela de celebrar e assinalar o Dia Mundial do Idoso.

Foto: José Carlos Ferreira