domingo, 28 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Olhem para a Protecção Civil da Madeira

Não vai há muito tempo que as regiões do Sul e Centro do país foram abaladas por um pequeno sismo que, apesar de não ter causado danos materiais, parece que assustou muitas pessoas.
Diz o Governo que as estruturas responderam à altura dos acontecimentos. Não houve problemas, mas estivemos prontos. Lembro-me que na altura, as declarações do ministro da Administração Interna me surpreenderam. Se bem me lembro, como diria o Nemésio, o sismo ocorreu por volta da 1h00. E, segundo o ministro, as estruturas da Protecção Civil conseguiram reunir-se à volta da mesma mesa para tomar o pulso da situação às 4h00.
Como dizem numa publicidade, que eu penso que até já não está ser difundida… “Boa!!”. Ora, se eu bem percebi, os senhores que determinam quais os meios e as situações que devem ser urgentemente resolvidas em caso de catástrofe demoraram três horas a chegar ao “gabinete de crise”. Bom, pelo andar da carruagem, podemos imaginar que, à boa maneira portuguesa, houve tempo de tomar um cafezinho para acordar, fumar um cigarrinho… à varanda. Na melhor das hipóteses., só devem ter começado a trabalhar lá para as 4h30.
Serve isto para dizer que é importante que se olhe para o exemplo do socorro e da acção das forças de segurança e de protecção às populações que nos tem chegado da Região Autónoma da Madeira.
É verdade que o Governo Regional apareceu quase cinco horas após a tragédia, o que o não poupou de algumas críticas. Mas, não é menos verdade que, quando Alberto João Jardim deu a cara já trazia o plano de acção todo delineado. Todas as entidades já estavam mobilizadas, no terreno a trabalhar e, muito importante, sabiam todas o que fazer. A informação manteve-se centralizada, o que impediu, e tem impedido, notícias contraditórias. Até agora ninguém viu, por exemplo, o comandante dos Bombeiros do Funchal a dar entrevistas. Por tudo isto, sirvo-me deste espaço para, não só me manifestar solidário para com o povo madeirense, como também para prestar a minha homenagem a todos aqueles que estão a trabalhar. Que a acção da Protecção Civil da Madeira seja um modelo para o país.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Pisco-te o Olho - Vila Praia de Âncora



Faz precisamente hoje um ano que um Amigo partiu... A 20 de Fevereiro de 2009 coloquei aqui um pôr do sol. Hoje, volto a fazê-lo, com a promessa que, a partir de agora, sempre que eu conseguir um belo entardecer, irei partilhá-lo convosco... em tua memória, Luís...

Foto: José Carlos Ferreira

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Estou calmo e sereno…

Correspondendo ao repto e ao desejo do senhor Presidente da República, posso garantir ao país que estou calmo e sereno. Mas, há coisas que se estão a passar que me deixam completamente chateado.
Não me refiro directamente à Lei das Finanças Regionais. Essa foi mais uma birra das várias a que o Governo nos tem habituado.
O que me chateia verdadeiramente são os dez milhões de euros que o Governo atribuiu à Comissão para as Comemorações do Centenário da República. Quer dizer, para umas coisas, o país está mal, é preciso congelar salários, algumas obras não podem ir para a frente e não se pode dar mais 50 milhões à Madeira para corrigir uma injustiça do tempo de Guterres. Mas para outras, é o verdadeiro regabofe.
Na abertura oficial das comemorações ouvi o presidente da comissão dizer que vamos ter ao longo deste ano cerca de 500 eventos para celebrar o centenário da República. Se fizermos uma divisão linear dos dez milhões de euros pelos 500 eventos, chegamos à conclusão que cada um custa cerca de 200 mil euros.
Eu não sei que tipo de eventos vão ser. Para já só ouvi falar numas exposições. A custarem 200 mil euros, devem ser muito interessantes, isto tendo em conta que há por aí uns museus que apresentam ao público mostras de grande interesse e que são muito mais baratas.
Ora, em tempo de crise, não se pode, na minha opinião, dar mostras à União Europeia que somos uns foliões, onde, se é para festejar, não falta dinheiro.
Devia haver mais exemplos no país como a tomada de atitude da Câmara da Vidigueira. O presidente decidiu reduzir o seu salário e o dos seus vereadores, aumentando em 80 euros os salários mais baixos dos trabalhadores da autarquia. O senhor presidente da Câmara da Vidigueira ainda desafiou os seus colegas, os membros do Governo, os deputados e o Presidente da República a seguirem-lhe o exemplo, mas… assobiaram todos para o lado… É claro que eu estou calmo e sereno, mas bastante chateado…