sexta-feira, 27 de março de 2009

Oiçam os paizinhos

Nos dias que correm, a família, enquanto célula da sociedade, vive numa constante azáfama, onde o tempo é escasso para todos os afazeres. Quantos não se queixam que os dias deviam ter mais de 24 horas para conseguirem levar a bom porto tudo o que tinham programado?
Muitas vezes, a vida entra num turbilhão de tarefas que somos levados a que algumas prioridades sejam ultrapassadas por coisas que, depois, vá lá saber-se porquê, acabam por ser insignificantes.
Ora, apercebendo-se de tudo isto e num verdadeiro golpe de genialidade, o senhor Albino Pinto de Almeida lançou há dias uma sugestão que, na minha modesta opinião, não teve o eco que merecia na comunicação social.
Segundo o que consegui perceber numa notícia muito pequenina, o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) sugeriu à ministra da Educação que as escolas deviam estar abertas 12 horas consecutivas. É, ou não é uma ideia e uma sugestão genial? Estou mesmo a imaginar o bom que seria poder deixar um filho às 7h00 à porta da escola para o ir buscar depois às 19h00.
Sabendo nós que mais vale duas cabeças a pensar do que apenas uma, permita-me, senhor Albino, que apresente algumas sugestões complementares. E que tal, na vez de 12 horas, houvesse a possibilidade de no ensino público deixar os filhos à segunda-feira e ir buscá-los apenas à sexta-feira? Podia o Ministério aproveitar até as obras que está a promover em algumas escolas para construir umas camaratas. Isto, sim. Isto é que vinha mesmo a calhar para os pais. Mas, caso não concorde, que tal sugerir à senhora ministra que, sendo de acordo com as 12h00, obrigue os professores a entregar-nos os filhos, por exemplo, às 19h00, já jantados e com o banhinho tomado? É que isso ia-nos facilitar muito a vida.
Senhor Albino, não quero, de maneira alguma, abusar da sua paciência. Mas, rogo-lhe que lute para que no Ministério da Educação oiçam os paizinhos.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Pisco-te o Olho - Sabrosa



E já que estamos numa onda de flores, a minha proposta agora passa pelas camélias... E a propósito, sabias que a camélia mais antiga da Europa está no concelho de Celorico de Basto?... Está num jardim fabuloso... Camélia ou japoneira? Que venha a dama e decida, embora já todos saibamos qual é a sua escolha... Talvez ela já tenha passado pelos jardins da Povoação, na ilha de S. Miguel, nos Açores, onde as camélias são belas, formosas e muito vaidosas... Parece lamecha, mas eu gosto de camélias... e tu? Devem ser efeitos da Prima Vera.

Foto: José Carlos Ferreira

sexta-feira, 20 de março de 2009

Pisco-te o Olho - Alfândega da Fé II





Eu sei que é um cliché... Mas não resisto... CHEGOU A PRIMAVERA!!!! Há qualquer coisa de mágico nesta estação do ano... Porque é que os Homens contam as Primaveras?? Nunca vi ninguém dizer: "...Olha, tem uns lindos 23 Invernos...!"...

Fotos: José Carlos Ferreira

quarta-feira, 18 de março de 2009

Pisco-te o Olho - Alfândega da Fé



Neste mundo, há rios que são de pedras. Ali, é muito mais difícil de pescar. Muito mais difícil de tomar banho. Podemos até ser levados a pensar que por ali já passou água. Mas não. Foram sempre pedras.

Foto: José Carlos Ferreira

sexta-feira, 13 de março de 2009

Pisco-te o Olho - Bruxelas IV



Pois é... Em Bruxelas preservaram-se ruínas romanas. Os achados foram devidamente protegidos e criaram-se condições para que fossem visitáveis. Ao mesmo tempo, a cidade evoluiu e houve construções... Que estranho povo, não acham? (tom irónico)

Foto: José Carlos Ferreira

Pisco-te o Olho - Bruxelas III



Nesta onda de recordações, também é bom lembrar que estive na salinha onde Durão Barroso reúne "inter pares". Fique junto ao gabinete e exactamente no 13.º andar... Olha como é bom trabalhar numa sexta-feira 13, num 13.º andar...

Foto: José Carlos Ferreira

terça-feira, 10 de março de 2009

Pisco-te o Olho - Bruxelas II




Pois é, nessa ida a Bruxelas, faz agora um ano, estive na maior sala de conferências de imprensa, pelo menos, da Europa. O único local do mundo onde se promove uma conferência de imprensa por dia, sempre às 12h00 locais. Foi tão bom saber a impressão que a Europa tem de nós... nem queiram saber...
Obrigado Helena Areosa por me teres lembrado que foi há um ano.

Fotos: José Carlos Ferreira

segunda-feira, 9 de março de 2009

Pisco-te o Olho - Bruxelas



Está agora a fazer um ano! Foi uma viagem de trabalho que valeu bem a pena.

Foto: José Carlos Ferreira

terça-feira, 3 de março de 2009

A memória do povo é curta

Mais um congresso do Partido Socialista chegou ao fim e, tal como o último, este acabou sem grandes surpresas. Aliás, dos poucos motivos de interesse que esta reunião magna do PS suscitou foi saber se Manuel Alegre ia ou não estar presente. E não esteve.
De resto, tudo na mesma. No final ficámos a saber, em tom de propaganda eleitoral, algumas medidas que o secretário-geral pretende levar a cabo enquanto Primeiro-ministro. Ficámos também a saber pela voz de um grande militante que o pessoal do Bloco de Esquerda não é flor que se cheire. Enfim…
Contudo, houve um pequeno momento que deve merecer toda a nossa atenção. Refiro-me àquele pequeno, mas significativo, momento em que José Sócrates pediu uma nova maioria absoluta. Repare-se que não foi um pedido apenas virado para o interior do partido. A mensagem foi para todos nós.
No actual mandato, essa maioria foi um grande trunfo para o Primeiro-ministro tomar decisões, que não agradaram a uma maioria dos portugueses, e para enfrentar moções de censura, que acabaram por não fazer mossa.
Ora, desta forma percebe-se a razão pela qual José Sócrates não resistiu em pedir uma nova e confortável maioria absoluta. Assim, não custa quase nada governar. Não é preciso negociar com ninguém. A oposição pode berrar, gritar, espernear… pouco importa. Basta argumentar com aquela ideia básica que os erros do passado, que foi necessário corrigir agora foram cometidos pelos Governos de direita. Depois é só avançar.
Eu não sou bruxo, nem faço futurologia… Mas, ao bom estilo do professor Zandinga, (que a sua alma repouse em paz) até sou capaz de prever que os portugueses vão ser capazes de lhe dar essa tão desejada maioria.
Na rua, raramente ouvimos uma voz verdadeiramente contente com a actuação deste Governo. Agora, por exemplo, são os médicos que contestam a avaliação. No entanto, nas próximas eleições, talvez por falta de uma oposição credível, lá terá José Sócrates aquilo que mais deseja para impor democraticamente aquilo que a maioria contesta. Não haja dúvidas que a memória do povo é curta.

segunda-feira, 2 de março de 2009