Antes de mais nada, tenho que deixar aqui claros três pontos que considero essenciais para quem se aventurar a ler as linhas que se seguem. Em primeiro lugar, devo esclarecer que estou a quebrar uma regra que me impus e que era nunca escrever sobre futebol. Em segundo lugar garanto-vos que nunca fui e não sou xenófobo. E, em terceiro lugar tenho de vos confessar que este texto foi escrito antes da selecção de Portugal ter jogado no sábado.
Feito estes três esclarecimentos, vou directo ao assunto sem perder mais tempo. Não concordo com a chamada de Liedson à selecção nacional de futebol. No fundo, se virmos bem as coisas, isto cheira a uma espécie de “pequena batota” reconhecida pelos próprios dinamarqueses. Atente-se ao que disse o capitão da Dinamarca, Jon Dahl Tomasson. «Eles estão necessitados de um verdadeiro ponta-de--lança e então foram ao Brasil comprar um. Não fazemos isso na Dinamarca, nem no resto da Escandinávia». Pois não. Não fazem porque vocês são nórdicos e são todos “muito certinhos” e, por isso, têm qualidade de vida. Nós, por cá, não! Para os portugueses não há nada de melhor que a “Lei do Desenrasca”. Aliás, o improviso sempre foi a nossa melhor arma. Se não temos um ponta-de-lança, há que “nacionalizar” um. Já estou a ouvir alguém a apontar-me o caso do Obikwelu. Pois, mas o Obikwelu antes de conseguir as marcas que obteve e de ser conhecido no país, já tinha a nacionalidade portuguesa.
No futebol, as coisas são bem diferentes. Com a obtenção da nacionalidade portuguesa, ganham todos. Ganham os jogadores, que de outra forma nunca chegariam à selecção do seu verdadeiro país. Ganham os empresários que vêem o seu jogador valorizado em termos económicos. E ganham os clubes que passam a ter mais um jogador comunitário.
Já agora, depois do Liedson, do Pepe e do Deco, porque não aliciarmos outros grandes jogadores estrangeiros a obterem a nacionalidade portuguesa. Sei lá… acho que não seria muito difícil convencer o Kaká, o Ronaldinho Gaúcho, o Júlio Baptista, o Luisão ou mesmo o Maicon. Pronto, estes talvez não aceitem, mas há outros por aí que dariam tudo para jogar na nossa selecção. Afinal só faltam mais oito.
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