quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Pisco-te o Olho - Sagres



Foi para ter este Portugal que eu, em pequenino, cantava:... Uma gaivota voava, voava...?

Pessoalmente, acho que até elas já desistiram de voar...

Foto: José Carlos Ferreira

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Pulseiras milagreiras

Quem não se lembra há uns anos atrás quando nos quiseram fazer acreditar que umas pulseiras em metal, com duas esferas nas pontas, nos aliviavam de todos os males?... Quem se lembra, hein????
Aquilo foi um verdadeiro golpe de génio. Recordo-me de ver novos e velhos com aquelas pulseiras. Uns, porque sofriam de asma e aquilo ajudava a respirar melhor, outros porque eram cardíacos, e a pulseira ajudava o coração a funcionar melhor… enfim, não havia mal que não escapasse. O segredo, diziam, estava nas esferas no topo que, magnetizadas, curavam todos os males.
Pois, quem perdeu tão grandioso remédio, tem agora uma hipótese de se redimir… estão aí as milagrosas “pulseiras do equilíbrio”! Por onde andei neste Verão, lá estavam elas. Apesar de serem de plástico, a verdade é que custam mais que algumas pulseiras feitas num metal mais precioso. Pudera, pois com a saúde não se brinca e não se olha à carteira.
Nalguns locais cheguei a ver demonstrações. Homens e mulheres que, sem pulseira, caíam a torto e a direito, e com pulseira, nada os derrubava. Perante tão extraordinário produto, quis saber quanto custava… Olhei e reparei na etiqueta: 40 euros. Bom, pensei eu, deve ser um engano. Custa seguramente 40 cêntimos. Estava redondamente enganado. Mais tarde constatei que o preço pode mesmo variar entre os 15 e os 40 euros. Pronto, as das lojas dos chineses custam cinco euros mas, garante-me o meu filho, o autocolante da parte central descola-se mais facilmente.
Vou ser sincero… eu não acredito em nada daquilo… Mas reparei que, ao contrário de mim, há quem acredite piamente nestas pulseiras desenvolvidas, segundo umas teorias, pela NASA. Pude ver que havia gente com quatro pulseiras apenas num pulso. “Não há força que te derrube”, pensei eu. Disseram-me num local que estas pulseiras esgotavam muito rapidamente. Num só dia, as de tamanho “M” voavam. Ora, isto leva-me a pensar que o verdadeiro problema dos portugueses é a falta de equilíbrio. Alguns, será financeiro, outros emocional, outros ainda será, provavelmente, sentimental. Eu, por mim, não me importo de dar um trambolhão até porque, com 40 euros posso comprar muitas outras coisas bem mais úteis.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Pisco-te o Olho - Lisboa



Um ramo desfeito no Parque das Nações... mesmo em frente ao Tejo... Não sei se representa uma dor de alma ou um súbito alívio de um peso que já não se suporta mais.

Foto: José Carlos Ferreira

terça-feira, 14 de setembro de 2010

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Amigo bracarense no Japão

Fica a sugestão a todos para que visitem este blogue... É o relato de um amigo bracarense que decidiu passar um ano lectivo no Japão. Deixou Braga e rumou ao Oriente onde se encontra a realizar o 12.º ano no âmbito de um programa de intercâmbio.

Visitem e deliciem-se

http://alexshocksjapan.blogspot.com/

domingo, 5 de setembro de 2010

O “circo mediático” não acabou

O país ficou suspenso na passada sexta-feira à espera das decisões do Tribunal relativamente ao processo da Casa Pia, em Lisboa, depois de praticamente seis anos de audiências.
As televisões e as rádios fizeram directos, os jornais de âmbito nacional prometiam, e cumpriam, actualizações sempre que tal se justificasse.
Tenho para mim que mais de meio Portugal estava curioso em saber se o arguido mais mediático deste processo seria, ou não, condenado. Provavelmente, muitos também estariam curiosos em saber o número de anos de prisão efectiva que o colectivo de juízes, quase de certeza, teria reservado para o arguido Carlos Silvino. O resto pouco importava.
O “circo mediático” começou a ser montado na quinta-feira e teve o seu auge na sexta-feira. Tudo em nome do dever de informar sobre as conclusões do já classificado “julgamento do século”.
Num dos telejornais ouvi uma das arguidas neste processo a dizer aos microfones que odiava os jornalistas. Como jornalista, até a compreendo. Hoje, em nome do sensacionalismo, da conquista de audiências, vale tudo. Até tentar arrancar palavras de quem não quer simplesmente falar.
Pois, quem pensar que tudo acabou, está redondamente enganado. E sinal disso mesmo é o cúmulo de um dos arguidos ter convocado uma conferência de imprensa para depois da leitura da sentença. Pois, se a moda pega, isto vai ser bonito. Já imagino os jornalistas a saírem a correr de um tribunal para se dirigirem a uma qualquer unidade hoteleira, onde um condenado pretende explicar o seu ponto de vista relativamente à justiça portuguesa. Mais… promoveram-se logo a seguir debates em meios de comunicação social com a participação dos intervenientes no processo que mais pareciam mini-julgamentos.
Nesta maratona informativa ouvi, a determinado momento da boca de um advogado que, com os recursos, que podem ir até ao Tribunal Constitucional, este é um processo longe de ter acabado. Assim, na melhor das hipóteses, ainda teremos uns 15 a 20 anos pela frente. Durante os próximos anos, podemos já imaginar, os arguidos agora condenados, vão continuar à solta, a dar entrevistas e talvez à espera de uma imprecisão processual qualquer que permita a nulidade do processo.